Tributação de patrimônio: guia completo

Tributação de patrimônio: guia completo

Impostos e tributações de patrimônio frequentemente são encarados como vilões pela maioria da população, porém, são elementos indispensáveis que todos devem entender. 

Dividem-se em três grupos principais, referentes ao ente federativo ao qual se destinam: federais, estaduais ou municipais. Enquanto taxas e contribuições de melhoria são tributos vinculados a contraprestações específicas do Estado, os impostos não possuem essa vinculação direta, sendo pagos independentemente de qualquer contrapartida.

Os impostos de patrimônio são divididos em diretos e indiretos. Impostos diretos são cobrados diretamente do contribuinte, como o imposto de renda, enquanto indiretos são repassados ao consumidor final através do custo do produto, sendo “sentidos” no preço final dos bens e produtos adquiridos.

A maior parte dos impostos é destinada ao Governo Federal. Conheça cada um deles:

 

Impostos Federais

  • II (Imposto de Importação) Retido sobre produtos comprados fora do país, é de responsabilidade da União. Quem paga: Pessoa física ou jurídica importadora. Valor da Cobrança: Tributação simplificada (bens até US$100) ou tributação especial (bens acima de US$100 e abaixo de US$3000).
  • IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) Devido tanto no valor do produto importado como no do produto industrializado nacional. Quem paga: Importadores, comerciantes ou arrematadores, incidindo principalmente sobre o setor industrial nacional. Valor da Cobrança: Varia conforme o produto e políticas econômicas impostas pela União.
  • IOF (Imposto sobre Operações Financeiras)  Incide sobre operações de câmbio, crédito, seguro e mobiliárias. Quem paga: Pessoa física ou jurídica. Valor da Cobrança: Alíquotas variadas para diferentes operações.
  • IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) Incide sobre a renda bruta de empresas. Quem paga: Pessoa Jurídica. Valor da Cobrança: Varia conforme o tipo de setor e modelo de tributação.
  • IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física):** Incide na renda do trabalhador brasileiro. Quem paga: Pessoa Física. Valor da Cobrança: Alíquota variável conforme a renda.
  • ITR (Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural) cobrado dos donos de imóveis rurais. Quem paga: Pessoas físicas e jurídicas. Valor da Cobrança: Calculado com base no Valor da Terra Nua Tributável (VTNt).
  • COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social)  Tributo cobrado de empresas. Quem paga: Pessoa Jurídica. Valor da Cobrança: Varia conforme os rendimentos brutos anuais da empresa.
  • CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) Incide sobre combustíveis. Quem paga: Pessoa Jurídica. Valor da Cobrança: Varia conforme o tipo e quantidade de combustível.
  • CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) Tributação federal sobre a renda líquida de empresas. Quem paga: Pessoa Jurídica. Valor da Cobrança: Alíquota variável conforme os lucros líquidos.
  • INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) Destinado à previdência social. Quem paga: Pessoa Física e Jurídica. Valor da Cobrança: Descontado em folha de pagamento, com alíquota variável.
  • FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) incide sobre a renda do trabalhador com carteira assinada. Quem paga: Pessoa Jurídica. Valor da Cobrança: 8% do salário do empregado.
  • PIS (Programa de Integração Social) e PASEP (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) Financiam abonos, seguro-desemprego e outros. Quem paga: Pessoa Jurídica. Valor da Cobrança: Alíquotas variáveis.

 

Impostos Estaduais e Municipais

Os impostos estaduais incluem o ICMS, ITCMD e IPVA, enquanto os municipais incluem o ITBI, ISS e IPTU.

Os impostos e os desafios sobre o tema

No Brasil, os impostos desempenham um papel fundamental na estrutura econômica e social do país, representando uma das principais fontes de receita para os governos federal, estaduais e municipais. 

Ao longo dos anos, o sistema tributário brasileiro tornou-se complexo e extenso, com uma ampla variedade de impostos, contribuições e taxas que impactam diretamente empresas e cidadãos.

Essa complexidade, muitas vezes, é vista como um desafio para contribuintes e empresários, exigindo um entendimento profundo das obrigações fiscais e uma gestão eficiente para garantir o cumprimento das responsabilidades tributárias. 

Além disso, a carga tributária no Brasil é historicamente elevada em comparação com outros países, o que também pode influenciar diversas decisões econômicas e de investimento. Nesse contexto, compreender a estrutura e o funcionamento dos impostos no Brasil é essencial para uma gestão financeira sólida e para o desenvolvimento econômico do país.

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